quinta-feira, 25 de setembro de 2008
ESTRANHA BELEZA
Estranha beleza esta
Da palavra Solidão
Tão bela que ao ser falada
Parece ser dedilhada
Nas cordas de um violão
HAICAI III
O amor é um prédio antigo
Já estão colocando os explosivos
No lugar: uma bolsa de valores...
HAICAI II
Conheço superficialmente muitas coisas
E profundamente nada conheço
Nem a mim mesmo
E profundamente nada conheço
Nem a mim mesmo
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Saudade companheira
Um dia espero saber
do mesmo jeito que dois mais dois sao quatro,
Porque a vida me deixa sem você
Porque é tão dificil estar ao seu lado;
E só para tirar essa saudade,
Uniria a chuva com o fogo
Sofreria por toda eternidade
E te daria a minha vida mil vezes de novo
do mesmo jeito que dois mais dois sao quatro,
Porque a vida me deixa sem você
Porque é tão dificil estar ao seu lado;
E só para tirar essa saudade,
Uniria a chuva com o fogo
Sofreria por toda eternidade
E te daria a minha vida mil vezes de novo
NOITE DE NOVEMBRO
Noite de novembro
Os vento são quentes
Sozinho no quarto
De tudo me lembro
Livros e papéis
Luz fraca a luzir
Perambulo à noite
Sozinho no quarto
Menos agonia
Ao estar de pé
Pensando de pé
Em coisa qualquer
Com pouca vontade
De algo escrever
Apenas de pensar
Relembrar o tempo...
E este é um mundo
Poderia ser seu
De qualquer pessoa
Mas este é o meu!
O da solidão
Do pensar frenético
Da insana atração
Pelo diferente
Tempo não existe
Tempo irá existir
Só ao sair daqui
Redoma de espírito...
Luz fraca a luzir
Viagem de volta
Sono a me tomar
Para ir dormir...
TEMPO
Não me dou com o tempo
Uma hora tão de-va-gar
Outroratãorápido!
Perco-me com relógios
Badaladas na hora certa
Perturbam, inquietam
São tantos relógios...
E meu "relógio" interno
Está para dar uma pane
Está perdendo a sincronia
HAICAI
Perdoem o generalismo
Mas a culpa disso tudo
É desse capitalismo!
Mas a culpa disso tudo
É desse capitalismo!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
POEMA À UMA QUALQUER
Só porque vi aquilo pude crer
A menina que amei, já tão mudada
Não falo de minha atual paixão
Falo de outra, já cicatrizada...
Estava diferente, até mais bela
Porém beleza não revela nada
Perdeu sua pureza e sua essência
Não era conquistada, era comprada
Menina a qual amei, por qual chorei
Hoje é matéria desvalorizada
A qual nos lábios uma vez beijei
Não passa de uma beleza apagada
Apagada por beijos sem amor
E por assassinos da madrugada
Menina a qual amei, por qual chorei
Hoje é apenas outra desprezada
Hoje é apenas outra desprezada...
A menina que amei, já tão mudada
Não falo de minha atual paixão
Falo de outra, já cicatrizada...
Estava diferente, até mais bela
Porém beleza não revela nada
Perdeu sua pureza e sua essência
Não era conquistada, era comprada
Menina a qual amei, por qual chorei
Hoje é matéria desvalorizada
A qual nos lábios uma vez beijei
Não passa de uma beleza apagada
Apagada por beijos sem amor
E por assassinos da madrugada
Menina a qual amei, por qual chorei
Hoje é apenas outra desprezada
Hoje é apenas outra desprezada...
A SOLIDÃO DOS VELHOS TÚMULOS
Desejo ir a túmulos
De poetas, loucos, pensadores
De cientistas e escritores
Desejo ir a túmulos
De grandes mulheres e homens
E ler alguns epitáfios
Frases marcantes escritas nas lápides
Desejo ir a túmulos
Em cemitérios europeus também
Com cenários bucólicos e tristes
Desejo escrever um poema qualquer
À beira de algum túmulo desses
Sem motivo algum
Só para pensar sozinho
Só por ser sozinho
E adorar a solidão dos velhos túmulos...
REDUNDÂNCIA
O burguês favorece o candidato
Milhares e milhões em suas campanhas
Quando aquele não é o próprio candidato...
Os explorados confiam no candidato
Que fala de melhoria de vida
Mas candidato é boneco de burguês
Quando aquele não é o próprio burguês...
E o explorado é boneco de candidato
O explorado é boneco de burguês
E o explorado é o funcionário do mês...
Milhares e milhões em suas campanhas
Quando aquele não é o próprio candidato...
Os explorados confiam no candidato
Que fala de melhoria de vida
Mas candidato é boneco de burguês
Quando aquele não é o próprio burguês...
E o explorado é boneco de candidato
O explorado é boneco de burguês
E o explorado é o funcionário do mês...
SAUDOSISMO
Hoje lembrei-me de antigos amigos
De antigos amores, de antigos sonhos...
Lembrei-me de Parnaíba, minha cidade!
Hoje não tenho mais as brincadeiras
Infantis despreocupadas
Hoje já não há mais tempo
Para brincar de nada
Desejo rever os velhos amigos
E reflito sobre a vida que passa
E vai distanciando pouco a pouco
Aquelas pessoas de outrora
São pequenas lembranças comoventes
Meninas a brincar pela calçada
Meninos jogando bola na praça
Toda uma poesia do dia-a-dia
Que naqueles tempos não era escrita
E assim falando dirão que sou velho
Porém sou só um jovem saudosista.
De antigos amores, de antigos sonhos...
Lembrei-me de Parnaíba, minha cidade!
Hoje não tenho mais as brincadeiras
Infantis despreocupadas
Hoje já não há mais tempo
Para brincar de nada
Desejo rever os velhos amigos
E reflito sobre a vida que passa
E vai distanciando pouco a pouco
Aquelas pessoas de outrora
São pequenas lembranças comoventes
Meninas a brincar pela calçada
Meninos jogando bola na praça
Toda uma poesia do dia-a-dia
Que naqueles tempos não era escrita
E assim falando dirão que sou velho
Porém sou só um jovem saudosista.
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