segunda-feira, 27 de abril de 2009

SEM TÍTULO

O mundo é vazio
Expresso-me vazio
Sou vazio?
Cheio de vazio
Desvario...

ARTE

ISTO É QUASE UM MANIFESTO, MAS NÃO ESTÁ BEM ESCRITO


http://www.oesquema.com.br/urbe/wp-content/uploads/2009/01/funk-ball-at-favela-da-ma-001.jpg
A arte já não é mais arte
E isto me deixa deveras triste
Em todos os dias sou ofendido
Por músicas ridículas
Por efêmeros artistas
Artistas?

Ofendido e atacado
O mau gosto é meu
E fico cá no meu canto
No meu pobre canto
Alienados são surdos...

Maldito país de ignorantes!
Maldito país de poucos leitores
De falsos cantores, pífios compositores
Não todos, é óbvio.

Porém o lixo cultural aumenta
E eu talvez nada possa fazer
Dizem que o rock 'n roll é para loucos
(Tenho direito a ser e orgulho de ser)
Dizem que Chico morreu...

Porém enquanto houver lúcidas mentes
Enquanto houver a real liberdade
(Se é que ela realmente existe)
A Arte resistirá
Enquanto houver quem lute
Contra o pão-e-circo
A Arte resistirá.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

POETA VAZIO

http://www.mauraxerfan.com.br/media/1/20080929-branco.jpg

Versos da madrugada
Versos que vem e vão
Versos... e mais nada
Reina a solidão

Mas a solidão...
Coisa rotineira
Só um poeta vão
Repete esta asneira

Onde está o amor?
Onde está a ilusão?
Meu mundo está podre
Pouco me restou...

Só letras vazias
Expressando.. o quê?
Poesias vazias
Poeta vazio.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

TEMPO II

http://2.bp.blogspot.com/_fwkYQeL8_rQ/R8RBxGODnyI/AAAAAAAABHE/tz6qcuQFW-w/s400/ampulheta%5B1%5D.JPG
O homem que ontem fui não bebia
O homem que hoje sou estava bêbado
O homem que ontem fui era feliz (ou quase)
O homem que hoje sou é nostálgico...
O homem que ontem fui não escrevia
O homem que hoje sou escreve torto
O homem que ontem fui, amou
O homem que hoje sou ainda ama
E o homem que serei talvez seja amado...
O homem que ontem fui era mar
O homem que hoje sou é ribeirinho
O homem que ontem fui nada sabia
O homem que hoje sou... sabe menos

Porém eu nada sou, apenas estou
E mudo a cada palavra escrita.

DEVANEIOS

http://4.bp.blogspot.com/_QSDZr4TwYsg/SUAVb3dKDCI/AAAAAAAAAGA/BhIH-vVbSDk/s400/insonia.JPG
A noite percorro vagando louco
Nas reviravoltas do pensamento
E até agora não estou com sono

Reflito, pondero, errado ou certo?
Talvez não caiba a mim o julgamento
Mas a quem diabos poderia caber?

Vida confusa e errônea, perturbada
Altíssimas frequências cerebrais
Na hora em que reinaria o descanso

Poesias sempre aparecem e somem
Reflexões valiosas, depois fúteis
Incrível a inconstância das idéias
Irremediáveis devaneios tortos...