quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Amor Canino

Eu queria amar e/ou gostar de alguém
Como um cachorro gosta de seu dono
Ser fiel, amigo e original.
Amor assim não existe na totalidade entre humanos
Por mais que tentemos, nunca iremos
Conseguir nem ser parecidos com os canis.
Onde está a nossa sapiência?
Por que vevemos num mundo de aparências
E imersos em falsidades e importantes excelências.
Pobre ser humano, foi capaz de chagar a lua
Mas não consegue, sem sacrificio
Imitar um simples ser vivo canino.
"Vá, e grite ao mundo que você está certo".
Raul Seixas

Um Amor Felino

Amor falso, fingido e dissimulado
Este é o amor que o ser humano
Nutre pelo próximo e pela natureza
Visando somente ao seu bem-estar.
Artificialidade é a moda na atualidade
Falsidade não é mais exceção
É sim regra quase que geral,
mas afinal, o que aconteceu com as pessoas?
Assistimos a desumanização do humano
O homem perece ter perdido sua essência
Somos cada vez mais parecidos
Na frieza, indeferença, intolerância, na insensibilidade.
A amor ou gostar dos humanos hoje parece com o de um gato
Tão fingido, frágil, superficial e débil
Sentimento tão transgredido, esta-se a desvirtuar
Tudo aquilo em que um dia, nós mesmos acreditamos.
Todos nós, um dia na vida, já fomos românticos.
Marcos Patrício

TUDO O QUE AMAR



HOJE EU ME VI
E TAVA TÃO FEIO QUE EU NEM QUIS CONVERSAR.
TAVA PRECISANDO DE AMOR,
TAVA FALTANDO HUMOR

PRA ME FAZER CHORAR.


EU TAVA TÃO TÃO DURO
QUE NEM NO ESCURO
EU SENTIA MEDO.
ANDANDO COM PENSAMENTOS
DE QUE OS SENTIMENTOS
SÃO COMO BRINQUEDO.

SENTI TANTA PENA DE MIM
QUE EU MESMO TIVE QUE ME DAR A MÃO.
NÃO TINHA MAIS NINGUÉM
NEM MAIS SOMBRA DE ALGUÉM
PRA ASSOMBRAR MEU CORAÇÃO.


EU FALEI MAU DE TODO MUNDO
PARA SER BEM FALADO
MAS FOI TÃO PASSAGEIRO.
EU QUIS SER MAIS DO TENHO,
EU QUIS TER MAIS DO QUE SOU,
EU FUI UM CARA FULEIRO.

HOJE EU ME VI
E TAVA TÃO SUJO QUE EU NEM QUIS ME ABRAÇAR.
TAVA PRECISANDO SAIR,
TAVA QUERENDO SUMIR
PRE'U ME REINVENTAR


PARA EU PENSAR COM AMOR,
PARA EU FAZER COM AMOR,
PARA EU AMAR COMO FOR
TUDO O QUE EU AMAR.

ILUSÃO III

http://mundosebrae.files.wordpress.com/2009/10/buscando_felicidade.jpeg
Mas afinal de contas
O que é felicidade?
A contentação pífia dos ignorantes?
A fé cega dos fanáticos?

Um brinde à tristeza...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Medo

 
Medo,
Medo de um sorriso no fundo de uma gaveta
Medo de uma mentira escondida em uma verdade temporária
Medo,
Adjetivo de quem tem um pedaço de carne pulsando dentro do peito
Golpeando o vazio e estufando o ego.
Medo,
“Objetivo” direto, de quem observa de longe a pessoa amada
Medo de subir degraus e não encontrar o céu
Medo de existir, sem viver
Medo de não enxergar, de não falar, de não andar, de não amar
Medo de cuspir minutos em horas que não querem passar
Medo,
Alimento comum dos poetas
Alimenta a alma, o corpo, a mente, as esperanças
Medo,
Primeiro amor de quem deseja escrever verdades no fundo de um papel
Medo de encarar faces
De algemar-se em vícios
De desejar mais uma vez quem já teve a chance de ser desejado
Medo de não ter coragem
Medo de não escrever o próximo verso
De não terminar a próxima linha
Medo de acordar, e viver tudo de novo
E ter de suportar mais um dia

                                    (Halifas Q.B)


Pena



















Escreve feito lei, observa feito águia e canta feito trova
Escreve vida, vivência, morte
É poeta, é noite, é sorte
Escrivão, de pena e papel na mão,
Faz da vida sua força, seu abrigo, sua canção
E da arte sua criação
O poeta embebeda-se com a emoção e lubrifica a alma com o gosto que a vida tem
 Esclarece os modos e descansa a esperança de um novo segundo para pensar
Pobre de mim, poeta novo assim, nada tem a dizer.
A não ser o que a de vir.
E dotado de um nada em idéias, veste o xale do incurso e, contudo, não menos que tudo,
 Volta a criar
Mesmo que não tenha vida o bastante para fazer,
 Mesmo que ainda não saiba amar

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Teu Véu




















Sentamos longe um do outro para não sentirmos o perfume que nos agrada.
Não nos olhamos nos olhos pra não corrermos o risco de passar dias e noites com o mesmo pensamento.
Não nos abraçamos por que temos consciência do que isso causaria em nós.
Teu olhar dorme quando esta com ele e você acorda quando sente minha presença.
Nos olhamos em absoluto silêncio, como se tocássemos algo proibido, como se fosse o medo de quebrar.
Meus dedos deslizam entre a orelha e teus fios negros como a luz da sala que apagava por defeito.
E em um momento de dor e angústia, os lábios se encontram e expulsam tudo que é ar.
 O relógio marca um tempo que já não tem mais valor.
Os olhos se apertam, a face se torna leve e o corpo já não obedece mais a mente
A razão torna-se de fato inexistente por raros 2 minutos
E no submundo da agonia de um adeus permanente,
as bocas se separam e as testas se encostam como se compartilhássemos pensamentos.
É como ter o poder de tudo, em alguns miseráveis minutos
É como saber do amanhã sem se importar quanto tempo demorará pra chegar
E em um holocausto de desejos, sacrifico meus delírios e pensamentos
Em favor de uma gota de felicidade que saia dos teus olhos
E em prol da vida conjugal do homem que te espera no altar amanhã
Saio agora, da sala, dos últimos metros quadrados que compartilhamos juntos
Vou, mas deixo a porta aberta...
Jogando com a esperança, brincando com a sorte
Te pedindo que espere
Te dizendo, que volto

                                               (Extraido do conto Cena, de mesmo autor)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Poema do meu Sonho

Enquanto dormia me vieram em sonho dois versos
Misturados com outros pensementos dispersos
Eles fluiam levemente, quão lindos eles eram...
E fixo aqui, para a eternidade o que me disseram:
o que sonhei é só o que meu senso atesta
não me construí e nem me fiz, e sim nasci poeta.
Data: 22/02/2009.

Palavras no Papel


Aparentemente podem não ter significado
Para um leitor menos avisado.
Palavras no papel: é a expressão da alma
Criadora em plurissignificados.
Palavras, lutemos contra elas!?
Palavras, palavras tão somente?
Seus reflexos não sem limitam ao papel
Se expandem pelo azul do céu.
Palavra e poesia, impossível dissociá-las
Ao poetar cabe a nós regenerá-las
Palavras no papel, podem não significar nada
Ou ser a expressão da mais bela alvorada.
Palavras no papel, prosa ou poesia?
Que importa, se é a alegria
Que tece esta manhã de infindável calmaria
Onde uma força, de súbito, há de invandir-me o dia.
Data: 26/09/2008.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tenho que Escrever (Parte-II)

Tenho que escrever este poema triste
Que exprime com extidão a minha tristeza
Só você é meu porto seguro, que me viste
Chegar onde cheguei, que linda proeza.
Me sinto só mesmo quando estou acompanhado
Minhas angústias querem de súbito me atormentar
Dominando-me e me deixando acanhado
Para, então, a minha verdadeira face ocultar.
Queeste poema alivie este estio
Que este poema preencha este vazio
E que eu não me afogue nas águas dessse rio.
Eu escrevo diante da solidão
Tendo-a como anjo ou arcano, pois então
É ela quem mais maltrata e corrói o coração.

Escassez de Matéria-Prima

Me faltam palavras
Para escrever um belo poema.
Para expressar o lirismo como outrora.
Não seio que ocorreu comigo
nem me sinto mais poeta, às vezes.
não consigo mais versejar como antes
nem criar, nem imaginar.
me sinto meio triste
por aparentemente
não saber mais poetar.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Caros amigos



















Escrevo em vozes, dentro de mim
A todos que da sala compartilham dos mesmos versos
A todos que entortam a face para o lado que mais rima num ser
Fomos o que somos e seremos o que ainda iremos escrever
Pois no deslizar das idéias num caminho sem volta,
Encontra-se o labirinto dos que cifram a vida.
Dos segredos surgem motivos
Nos motivos, razões.
As raízes tupiniquins dos anjos das palavras se revelam e multiplicam-se a cada gosto bom de um título.
Pois no sentido mais puro da palavra,
O homem bebe de sentimentos lúcidos e embriagantes
E deixa a areia do tempo dançar por entre seus dedos, cavalgar em suas vontades e definir por completo os motivos de seus lamentos.
Na mente dos colegas, sei que há inquietude e desespero,
Por ter tanto o que dizer à tão poucos ouvidos que nos enxerguem
E á tão poucos olhos que nos percebam.
Mais não era Drummond um filho da desistência
E nem mesmo o gênio casmurro um obreiro da dúvida
Por que a verdade é certa e trancafiada
E livre é, quando expressada
Letras, desejos, palavras, dúvidas...
Assim se constrói um novo hino
Assim se fortalece o sangue dado em cada batalha, em cada falha
Desentupindo veias de idéias.
E não se preocupem novos amigos, com o que nos reserva a velha regra da vida
Pois Homens nascem, vivem e morrem...
Poetas nascem, vivem...
e vivem...