quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eureka




















O homem,
Criação da livre expressão divina,
Liberdade, cárcere, condenação e carrasco de si mesmo.
Tende a obedecer exatamente aquilo que pensa
E a desprezar tudo aquilo que sente.

O homem,
Sinônimo imediato da palavra dor.
Palhaço do “eu”, platéia do “mim mesmo”.
De peito aberto para receber as balas do vento
E as rajadas das madrugadas de silêncio.
É o único entre todos e uma multidão dentro de um só.

A verdade é que ele cria.
Maravilhas, horrores, fantasias, decepções, agonias.
A lista nem cabe nos pensamentos.
O homem faz nascer estrelas em fogos.
Enfeitando a alma dos encantados pelo esplendor das
explosões.

Assim que for provado ser a guerra algo bom,
Disponho-me a ser escudo.
É que nada me fascina tanto,
Do que a doce face teatral do homem.
A felicidade abraçando o sabor triste das coisas.

Pois o homem,
Gênio indomável e rei de todo o nada,
Cria o mundo e a ele não faz nada.
É o primeiro a encher-nos de esperança.
E o único, capaz de fazer brotar lágrimas,
Nos olhos de uma criança.

(Halifas Q.B.)

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