sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Poder Imprevisível da dor (ou do amor)



Hoje sei o que perdi, sei também o que vivi
E quanto mais tento esquecer
Menos consigo expelir de mim o que sofri
O que sofro, por assim dizer. Não almejo ser
Algo que permanece com uma doce quimera
Desejo sangrar os mares doces do meu desespero
Com o motivo concreto que me dilacera
De saber que sou fruto do fúnebre enterro.
Saio de mim porque já não posso em mim estar;
Porém permaneço-me, pois não há saída
Sou assim, vale-me apenas sonhar
Afinal, construo meu caminho só de ida.
Dói, como dói, e sei que acima do nada
Serei tudo o que a dor puder transformar
Pois minha vida assim é bem maravilhada
Permitindo-me, apesar dos ares, ainda amar!

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