segunda-feira, 29 de agosto de 2011


A revolta está no olho de quem chora,
Já a tristeza na satisfação que explora,
É inconcebível,
Mas não precisa querer mudar o mundo,
Basta fazer o mudo falar.

Se for embora
Vou querer xingar o amor de todo jeito,
Vai ser só por uns tempos
Até eu me arrepender
Pois me engano sempre com algumas coisas,
Com as mesmas pessoas.

E mais do que meu sentimento,
Me desanima tanto tua mudança de comportamento,
O Interesse descarado dessa forma de tratamento
Vai dizer que não é bem assim
Que nunca esperou ouvir isso de mim.
Você queria mesmo então o quê?
Não era a mim que você queria?
Pois toma,

Eu também sei me fingir de louco
Pra depois pedir perdão,
Mas o pior, sei que não é pouco
O quanto machucam teu coração.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como vão confiar em você

Se fazia coisas só para chamar atenção?

Agora você sabe o que realmente conseguiu,

Não consegue mais nada de ninguém.

Isso lhe deixa mal

E faz acreditar que está sozinha,

Mas eu conheço alguém que quer te comer.

Que medo é esse de ser,

De ser o que não é ainda.

Quando você agradece só tem certeza de uma coisa:

Não foi fácil.

E agora, está feliz?

E agora é a vez de quê?

Eu não sou a fim de você

Só quero entender as pessoas,

Mas vejo que estou ficando louco.

Do que precisa para achar que é melhor?

Passar em um concurso

Ou que apenas todos te digam a mesma coisa?

E quando se cansar de saber,

Você não saberá mais de nada,

Está vendo? Tá entendendo?

domingo, 14 de agosto de 2011



A Revolução Dos Espelhos

Quando o carro de trás não mais se aproximar
A batida no sinal, o caos na marginal.
Eles irão maquiar sua aparência, amigo.
O narciso em poucos dias morrerá.
Você sairá de casa aborrecido e feio.
                                                    
De nada adiantará a arrumação do cabelo.
Os espelhos estarão livres e à vontade pra te enganar.
Tempos antigos, mito da taberna.
A mulher de cabelo em pé
O galã não mais galã.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Loucura?

O proponente que propõe
De repente pressupõe
O mal feito cometido
Escarrado e não cuspido
O bravejo revelava
Que sua cara deslavada
Era fonte de loucura
Parecia mal sem cura
Tentando remendar o feito errado
Pois quando era feriado
Numa noite de inverno
Mandou um jovem pro inferno
O expulsando de sua casa
E com fogo frente em brasa
Foi queimando sua bunda
O jogando numa lama imunda
Onde os olhos quase choravam
E os porcos se esbaldavam
Pelo fedor que aquilo era
Mas sorrindo da janela
Com a loucura em pleno ataque
O velho sequer lembrava
Que o jovem queimado em brasa
Era o mesmo que um dia
Quando ele, no chão se rebatia
O salvou de sua morte
Foi um golpe de sorte
Ter encontrado tal menino
E acabou se redimindo
Lhe dando um teto e de comer
Mas vez e outra sem o reconhecer
Quando a loucura entra sem pedir
O jovem sofre a duras penas
O resultado de um mal dito sem cura
Que muitos chamam de loucura
Mas que é transmitido pela pobreza
E tem como sintoma a fome, o cansaço e a tristeza