domingo, 29 de janeiro de 2012

Mutante


Entrei no personagem
Criado a tua imagem
e diferença..

Tua arrogante seleção
Me coloca na prisão
Sem direito a fiança!

E em tua detenção
Me sentia um borrão
Um vidro que estilhaça!

Foi tanta coisa em vão
E até o meu perdão
Virou comédia sem graça!

Mas...Sou o porvir que arrasa!

Não espere me encontrar na pior!
Eu sou mais forte mesmo só!
Eu sou mutante!

Não tire conclusões
Não crie condições
Nem formei alianças!

Não quero ser da gangue
Nem apanhar em teu ringue
Para ganhar tua confiança

Pois minha força te transpassa!

Se hoje me sinto bem melhor
Foi por desvencilhar de seus nós!
Nem ligo para o nicho que pertenço
Eu não firmei compromisso!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mãos pra cima,
Bola pra frente.
Cabeça erguida
Que atrás vem gente.

E olhe pros lados
E siga a seta.
Pessoas tortas
Em linha reta.

E o quê eu posso fazer pra mudar,
Além de mudar o meu modo de fazer?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DESCONSTRUINDO GO BACK

Você me ama?
Aqui não existe cinema.
Você reclama
Eu digo que te avisei
Apesar do compromisso
De repente o metrô daqui descarrilou.
Foi?! Foi
Só quero saber de você aqui perto,
Não tenho vida a perder.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Centro Espírita

Tribo
Perfil-I
à Heitor Matos


Todo domingo ela sobe no Rodoviária Circular em uma parada no Dirceu. Pela janela observa os caras de motos e as meninas com os caras. Enquanto joga o cabelo pra ninguém ela passa a vista por todos os bares da Avenida Principal. Às vezes o jeito dela lembra o de uma louca, mas ela sabe muito bem o que quer, onde quer estar, só faltam as amizades certas.

O short um palmo acima do joelho não a deixa vulgar, mas a expõe assim mesmo e o cabelo ondulado e longo sempre solto. Eu comigo julgo que o que ela mais queira seja a vida de Fernanda, não importando qual fim que esta tomou.

Ela espera um cara alto, mais pelo corpo que pela altura, (às vezes o corpo deixa as pessoas mais altas do que são realmente). Desses caras que chegam na frente, cumprimentam todo mundo enquanto a menina só acompanha pela mão e senta ao lado, fora da roda, na mesa, de pernas cruzadas. Não importa, contanto que ele seja o fodão na roda.

Apesar de eu estar no ônibus quase todo domingo, ela nunca me notou, melhor, facilita o traço do perfil que analiso. Ela procura sempre sentar nas cadeiras altas quando desocupadas, isso é um sinal, ela quer ser vista ao mesmo tempo em que vê pela janela.

O celular na mão como se fosse tocar a qualquer hora, porém nunca levado ao ouvido. A luz do descanso de tela não permanece tanto tempo apagada durante a viagem. Ela nem parece que está no ônibus, está mais do lado de fora, nas paradas, nas praças, nas pizzarias do que do lado de dentro.

Só faltam as amizades certas, enquanto isso ela vai ficar indo ao Centro Espírita André Luiz todo domingo.

Eu de Chico

Meu nome é o substantivo que você quiser,
Contanto que você me chame, me reclame,
Me proclame e me ame como sua mulher.
Meu corpo..., sorte de quem tiver
Contanto que saiba o que quer desde já
Porque se eu espero receber Amor,
Amor de volta e mais é o que eu tenho a dar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nãããão fique nervosa,
o que vier vai demorar ainda quase dez meses,
dá tempo de descobrir tanto
e depois descobir mais
já depois do encanto
e para sempre o encanto
de nossas crianças nos pais.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Estado de Descontentamento




Não brinque com quem está quieto!
Você sabe que não está certo!
Acho que não és muito esperto!
O tempo que está passando
Seus planos vai minando...
Pois estão aprendendo
E com força retrucando
É a força discordante
Jovem e desconcertante
Em dias de desencanto...
O Estado é de descontentamento!
Não tente nos impor sua posição!
Não nos tenha como oposição...
É força além de tua compreensão!
É Crime ao bom senso
Por polícia em extenso
O Conflito está em curso
E o clima está tenso
Agir por impulso
É teu ultimo recurso?
Não mude de assunto
O  estado é  de descontentamento

sábado, 14 de janeiro de 2012


Ontem nós conversamos bastante,
Ela tímida e cheia de dúvidas...
Perguntou o que eu achava de ela perder com você,
Se já estava no tempo...
Eu contornei que além do tempo há outras coisas.
Eu não devia estar te contando isso,
Você é um cachorro, não presta.
Ela acredita que vai fazer você mudar,
Mas você sempre dá um jeito de mudar o que ela vai fazer, não é?
Não faça mais isso,
Tem noção do que é encontrar alguém que quer crescer junto contigo?
Não sob a mesma faculdade, o mesmo emprego ou algo assim,
Mas sob o mesmo Bem.
Seja justo com a garota dessa vez,
Não a use como presa que você come a carne quando já tem o coração.
O que você ganha? Só você saberá e me dará alguma razão,
Não que eu precise, eu nem me considero amiga...,
Eu nem..., ah, deixa pra lá,
Você sabe do que estou falando...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Anseiam Por Desordem


Então...
Nos anos de receio em que muito se refletiu
As crianças deixaram de retroagir
Aquilo que foi dito e que um dia iludiu
Virou motivo para insurgir!
Vai!

Anseiam por desordem..
Reagem e incomodam...
A cidade está respirando anarquia
Um novo sentido de existir
Parece um raro tipo de arritmia...
Que nos impulsiona a resistir!
Anseiam por desordem!
Ocupam e transformam!
Anseiam por desordem!
Utopias incomodam!

Mal educado


No efervescer das ruas eles

Se machucam por você
Porque não suspende a prece e vai lá agradecer?
Só o fato deles tomarem
O destino em suas mãos...
Não os fazem jovens de má reputação!
Ruim é não esboçar nem espasmo
Viver de corriqueiro marasmo
E ainda ser mal agradecido
Quem é o mal educado?
É muito simples deduzir
Em um combate contra o abuso
Que a reação se manifesta de modo confuso!
Vai deixar que a velhice te corrija até nada restar?
Ainda bem que não estou em seu lugar!
Nem sempre é sábio recuar
Ficar a ver, ouvir e calar!
E não aceitar o que é oferecido
Não te faz mal educado!
Eles tem a iniciativa que nunca te vi ter!
Porque não experimenta desligar a TV?
Assim de camarote poderá presenciar...
A prosperidade pela qual nunca quis se arriscar!

Tolo é deixar ser convencido
A permanecer bem parado
Acusar de longe, além de equivocado...
É bem mal educado!

Caça níqueis


As pessoas do seu meio
Se agridem com selvageria?
Pois até ontem eu tinha uma seio
De uma mãe que me nutria...
De um afeto abrasador
Que minha garganta visava apertar
Com reciprocidade na idéia de querer deserdar!
Não me peça para fica feliz
Não sou máquina caça níqueis
Eu nunca serei o que você sempre quis
Mãe, você mal sabe o que diz!
As relações em teu joio
Desabam pelo que é ínfimo?
Pequenos ressentimentos
Reviram o melhor do meu íntimo!
Não resumo a minha vida a mera
troca monetária!
Tua turra não condiz com minha faixa etária
Você também se contradiz
Tampouco mede o que faz!
Não pense que é um caça níqueis
Mãe, nem sempre és sagaz...
Mãe, nem sempre é capaz!

Resgate-me


Está acima
De terrenas questões
Encontra a calma
Em ricas superstições
Invade minha alma
Com parábodas emboloradas
Me põe nos trilhos
Dde uma difícil jornada
Aquilo que é certo tem valido alguma coisa?
São dúvidas coesas?
Resgate-me
Do severo sermão
Do dito e não tido
Da falsa impressão
Teus versos acalentam
Muito além de feição
Mesmo que não esboçe
Nenhuma emoção
Afaste-me do raio humano que despenca...
Confabulando desavenças
Eu não ligo para o que dizem
As histórias de nossa origem...
Pare de
Criar miragens...
De especular sobre o que você não sabe!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Estima


Se eu penso tanto essa cidade
E me preocupo também com o sol
É que teu rostinho nessa idade
Está fininho tipo lençol,
Que seca fácil em uma tarde.
Em duas, o pano já tá duro.
E eu não quero que o rosto da ‘mia fia’
Fique com um sorriso nulo.