segunda-feira, 9 de julho de 2012

Plágio














Escorre da luz que me cerca
Feito inevitável arrastar-se do tempo,
Todas as coisas que brilham infinitas vezes
No vão, oco, que me enfeita por dentro.
Agulhas frias penteando o ego.
Encaixando cada fio dos longos medos.
Em cada passo feliz,
Enxergo as sombras desenhadas no espelho.
A imitação impune
Do crime imundo que carrego no peito.
A cópia desonesta das farsas alheias
Emolduradas nas verdades que invento.

                               (Halifas Quaresma)

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