quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sobre Verdades'


Mudam as estações,
mudam as cores,
o clima,
o verso
a rima;

Mudam os jeitos,
a sintaxe da vida,
as regras do jogo.
E os aplausos se invertem.

Mudam os olhares,
e mudam os caminhos.
E o poeta ganha uma verdade
que não muda jamais.

Verdades não mudam,
embora pareçam mentiras;
embora descompostas, 
perdida e desejada ferozmente. 
Verdade é verdade e isso basta ao mundo. 

Mas, 
o mundo muda. 
A intensidade da chuva, 
a sombra na lua, 
o formato da nuvem, 
a posição do sol. 

Verdades continuam, 
não passam como as águas embaixo da 
ponte. São segredos existenciais na 
sublime existência mal vivida. 

O que é humano passa, muda e se desfaz. 
O que é de Alma se intensifica, é sólido, 
ríspido e claro. E é claro: Não MUDA! 
Alma é maior que corpo, e maior que o mundo, 
e maior que qualquer outra verdade bem dita! 

Haia Saer'

domingo, 16 de fevereiro de 2014

De um caminho












Foto: Pernes



Uma confusão de estrelas nos teus olhos
Fez que ia me distrair do resto do mundo.
E no que meu único mapa era você,
Um labirinto chamado sorriso
Cuidou de mostrar o caminho do beijo

                                      
                                              (Halifas Quaresma)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Clandestina


Ela
Está em conflito
Ensaia um mudo grito
Sem muito êxito
Ela...deu respostas errantes
Viu o romper de limites
Assustar o seu amante
Nessa vida clandestina
O desejo alivia como morfina
E para um espírito tão ardente
O novo é a chama providente
Tenho dito
Sem meio termo
Nada Prescrito
Ou mais do mesmo...
Ela...
Rasgou a bolha
Tem marcas de batalha
Na pele retalhada
Ela...perde os sentidos
No toque incontido
Do amor consentido
Na tua dança clandestina
Cigana, teu íntimo alucina
Se a tua natureza é louca
Deixe-a rosnar até ficar rouca
Ainda repito
É folga no aperto
A mostra no encoberto
No defeito é concerto
É sonho acordado
Em beijos acalorados
Mulher que aflora
Na pressa do agora
Pode as vezes parecer imprudente
Mas sobre o que quer é bem ciente
Mesmo desatinando a andar na contra mão...
Ainda parece estar repleta de razão...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Entre No Jogo




Tem Mente Opaca

E a carne fraca

Embalado a vácuo

Inofensivo mas fátuo

Nas Regras impostas

Cerceiam as castas

Exibem pelas costas

Tuas vergonhas tácitas

Bati seu retrato

Em meu molde barato

Comprou minha briga

Reluziu minha intriga

Um pouco mais velho

Porem o mesmo paspalho

No auge da raiva

Engasgou na própria saliva

Vai desistir logo

E entrar no Jogo

Descobre no epílogo

Que se prendeu

A um monólogo

É a vez da omissão

E do denso retardo

Pedido de permissão

Calma no absurdo

Usa a melhor esquiva

Manobra evasiva

Ação preventiva

Covardia incisiva

Na frágil reprimenda

Ao mínimo desejo

Tu engole seco

Com fino traquejo

Sujeito sem predicado

Tem o sonho deformado

Um amor enlatado

E amigos inanimados

Como refugo

Vai Entrar no jogo

Vão Negar Afago

E te repelem

Âmago vago

ACONTECIMENTO FORTUITO




_ Olha a garota que caiu,

Vamos ver o "formidável"?!

Quem viu apenas riu

Do momento desagradável.


(_Que humanidade egoísta

De pensamento detestável

Enquanto escorregava e caía

Não tive ajuda, só aplausos.)


21/01/2014
Suzan Sioux